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Baronovsky: A quem interessa demonizar o servidor público brasileiro?

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No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (4), comentarista Ricardo Baronovsky defende categoria que pede reajuste salarial

CNN
Fabrizio Neitzke – 01/04/2022

No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (4), Ricardo Baronovsky discutiu sobre o anúncio de greve dos servidores do Banco Central (BC), feito pelo sindicato da categoria. A liderança pede que os cargos comissionados sejam entregues em protesto por reajustes salariais. Atualmente, o banco possui 3,5 mil servidores na ativa e quase 500 funções comissionadas.

Para Baronovsky, a situação tende a aumentar com o fim da vigência da Lei Complementar 173, que estabelecia o plano federativo de combate ao coronavírus, congelando salários, reajustes aos servidores e a abertura de concursos públicos até 31 de dezembro do último ano. “Uma vez vencido o prazo determinado pela lei, as categorias agora acreditam na boa vontade e na justiça de se ganhar esse aumento”, afirmou.

O professor defendeu a categorias e afirmou que “não se conhece” quem são os servidores públicos no país – formado, em 90%, por funcionários estaduais e municipais, com remunerações entre dois a três salários mínimos. “A quem interessa demonizar o servidor público? Na verdade, não se colocou uma granada no bolso do servidor, se colocou uma dinamite inteira.”

Segundo o comentarista, a intenção é retirar as duas principais ferramentas do serviço público: a estabilidade, que, na sua visão, “não é para proteger quem não trabalha”, e o concurso.

Baronovsky opina que em ambos os casos, a intenção é abrir espaço para apadrinhamentos políticos, favorecer a corrupção e afastar os profissionais técnicos. “Imagine um procurador municipal que se vê diante de uma licitação superfaturada. Ele teria coragem de ir contra seu empregador se não tivesse a estabilidade do cargo?”, disse.

“Quando se fala de aumento – e, na verdade, não é aumento, e sim reajuste, pois não alcança a inflação – não se trata apenas de auditores da Receita Federal, policiais federais, [servidores do] Banco Central. É de toda a categoria não só no âmbito federal, mas também no municipal e estadual, que tiveram os salários congelados nos últimos cinco anos e agora se veem com a ameaça da ‘deforma administrativa’”, concluiu.

O Liberdade de Opinião teve a participação de Thiago Anastácio e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

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