21 de novembro de 2024

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Preparar um cômodo, escolher móveis adequados e caprichar na iluminação tornam o trabalho em casa mais agradável e produtivo. Imagem: Surface/Unsplash

Luz, câmera, conforto e ação: dicas práticas para turbinar seu home office

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Uol – Economia
02/07/2021

À primeira vista, a varanda era só mais um canto de descanso na casa. Aí veio o trabalho remoto e aquele espaço pequeno, com menos de 2 metros quadrados, com vista para a rua, pareceu o melhor lugar da casa para montar um escritório. Surgiram, então, questões práticas para analisar: iluminação, disposição e escolha de mesas e cadeiras.

“Foi um tipo de quebra-cabeça, com cada decisão do projeto impactando outro aspecto do novo uso do ambiente. Dependendo de onde colocássemos a mesa, poderia bater reflexo na tela, por exemplo”, relembra Alessandra Castro, designer de interiores e sócia da Casa Livre, escritório de arquitetura e design de interiores. O espaço da cliente ganhou persianas, uma mesa em L com gaveta, cadeira, luminária, e plantas.

Transformar um cômodo em escritório exige planejamento. “O ideal é que seja em um ambiente que não precise ser montado e desmontado todo dia, que não seja provisório, onde você fique confortável e onde caiba tudo o que você precisa para trabalhar”, explica a arquiteta Nyrlei Dias.

O foco é atender às necessidades particulares de cada pessoa. A cliente de Castro, por exemplo, precisava de uma mesa com bastante área de trabalho – daí a escolha pelo formato em L – e com gavetas para evitar a desorganização.

Embora a personalização do espaço de trabalho seja importante, há algumas dicas padrão, que valem para qualquer home office funcional. A seguir, listamos alguns preceitos básicos que devem ser considerados ao montar ou aperfeiçoar o seu escritório – evitando desconfortos, dores no corpo e tornando o expediente caseiro mais salubre e produtivo.

Privacidade

Primeira regra básica: se puder, não trabalhe no mesmo lugar em que você dorme. “O quarto é um lugar de descanso. Às vezes, a pessoa levanta e vai direto para a mesa de trabalho, sem nem trocar de roupa”, descreve Castro. Trabalhar no quarto pode atrapalhar a concentração – como se você não mudasse do modo descanso para o de produção. E a tentação da cama ao lado do espaço de trabalho também pode tirar o foco.

Se não houver outra opção, é recomendável posicionar a mesa e o computador de forma que não exponha seu lar nem sua intimidade e dos demais moradores – isso também vale para outros cômodos. “Prepare um espaço com um fundo agradável, um cenário, com livros ou plantas. Assim, mesmo que a casa esteja uma bagunça, é possível abrir a câmera do escritório sem constrangimento”, conta Dias, via telechamada, mostrando seu ambiente de home office – ou a parte que interessa dele. “Também não preciso pensar se alguém vai passar atrás de mim o tempo todo”.

Em relação ao barulho, vale pensar no grau de concentração que seu trabalho exige. Se a rua for barulhenta e você precisar de foco, talvez a varanda seja muito agradável de estar, mas atrapalhe a produtividade.

Mesa e cadeira

A ergonomia precisa entrar na conta. Ou sua coluna, pescoço e ombros logo darão trabalho extra. “Toda a ergonomia do computador está baseada na altura do seu cotovelo em relação à mesa. O antebraço precisa estar reto, alinhado com a altura do teclado”, explica Dias. Ou seja, sua mesa não pode ser alta nem baixa. “A altura da mesa, teoricamente, varia entre 75 cm e 78 cm. Mas isso depende da altura da pessoa”, detalha Castro.

Já a tela do computador precisa estar na altura dos olhos, o que causa problemas para quem trabalha com laptop. Nesse caso, o ideal é comprar um teclado avulso e deixar a tela mais alta para não manter a cabeça baixa enquanto produz.

A profundidade da mesa depende das necessidades individuais e pode variar dependendo dos itens que precisam estar à mão e do uso que se faz da superfície. Todos esses fatores devem ser analisados ao montar o escritório para que ele não seja um ambiente desconfortável ou improvisado.

Outro item fundamental para o conforto na hora de trabalhar é a cadeira. “Quanto mais regulagem, de braços, encosto, altura do pescoço e assento, melhor”, recomenda Castro. “Uma cadeira superergonômica pode sair por volta de R$ 10 mil, mas há modelos mais acessíveis. O mais importante é que todos os equipamentos sejam dispostos na medida certa, com a cadeira na altura correta para a lombar, e que os pés estejam apoiados no chão ou num suporte firme, como um apoio de pé”, completa Dias.

Faça-se luz!

Pense numa sala de estar. Geralmente, a luz fica bem no centro do cômodo. Se você posicionar a mesa num dos cantos, a tela do seu computador ficará pouco iluminada. E a luz precisa estar justamente ali: em cima de onde os olhos passarão a maior parte do tempo. Caso contrário, a vista sofrerá, ao longo do tempo, com o estresse do trabalho.

“A luz tem que iluminar o que você olha, mas é preciso pensar nos obstáculos entre a fonte luminosa e a sua área de trabalho. Se a fonte de luz está atrás da pessoa, por exemplo, ela mesma vai fazer sombra no que deveria iluminar. Também é preciso cuidar para ela não incidir diretamente nos olhos, o que se torna exaustivo ao longo da jornada de trabalho”, explica Dias.

O tipo de lâmpada no cômodo também deve ser levado em conta. A escolha deve ser baseada na natureza do ofício e em como é o ambiente do escritório. Um cômodo com cores escuras ou uma atividade que requeira enxergar detalhes do material com que se trabalha demanda uma luz mais intensa. Lâmpadas com luz amarela são mais confortáveis para os olhos, enquanto aquelas com luz branca mantêm a pessoa mais alerta, embora sejam mais estressantes.

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