Para senador, montante recolhido a partir de mudanças que impactam no salário dos trabalhadores não se compara ao valor que o governo poderia arrecadar caso optasse por cobrar taxas sobre as grandes fortunas.
08/04/2020 – FOTO: ROBERVALDO ROCHA / CMM
A taxação das grandes fortunas deve ser a alternativa às propostas que prejudicam os servidores públicos, a exemplo do aumento da contribuição previdenciária para 30%. A ideia é do senador Plínio Valério (PSDB-AM). Nesta terça-feira (7), o parlamentar explicou, em discurso no Plenário Virtual do Senado Federal, que a cobrança sobre as riquezas não se compara aos valores que o governo arrecadaria com o percentual aplicado ao salário do servidor ou até mesmo, em outra frente, com as suspensões dos contratos dos trabalhadores.
Plínio advertiu que, passados os efeitos da pandemia de covid-19, será preciso enfrentar a realidade. “É um tabu que a gente não enfrenta. Se taxássemos as grandes fortunas e arrecadássemos R$ 60 milhões não precisaríamos mexer no salário do funcionário público e nem precisaríamos ajudar os empresários a manter seus funcionários permitindo a suspensão de contrato. Tudo isso só vai perturbar ainda mais o mercado, ainda mais a nossa situação — argumentou, alertando que tais ações não devem ser levadas adiante.
Para o senador, essas ideias não devem ser levadas adiante. Porém, apesar de todos os esforços feitos, ainda não foi incluído na pauta de votações do Senado o projeto dele que regulamenta a Constituição para taxar as grandes fortunas de pessoas físicas (PLP 183/2019). A proposta já tem parecer favorável do relator, senador Major Olímpio (PSL-SP), e está pronto para a pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Saiba mais
Gestão promove encontros com entidades representativas para dialogar sobre demandas de aposentados e pensionistas
Entidades querem contribuição sindical de até 1% ao ano…
STF forma maioria e abre caminho para volta do imposto sindical