O presidente da Repúblicas defende a permanência dos atuais servidores da União e a manutenção da estabilidade.
CORREIO BRAZILIENSE – INGRID SOARES – 10/03/2020
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro falou nesta terça-feira (10/3) durante uma conferência em Miami a respeito da reforma da previdência, aprovada no ano passado. “Vencemos um grande desafio que foi a reforma da previdência. Outros presidentes, ao longo de 20 anos tentaram. Mesmo tendo o parlamento sob jugo ao peso de ministérios de bancos oficiais e estatais que eram distribuídos à vontade para partidos políticos não conseguiram. Nós conseguimos com o trabalho de convencimento. Tínhamos que fazer essa reforma, ela é amarga sim para parte da população, mas o remédio era esse. Ou se aplicava agora ou o Brasil sucumbiria”.
Bolsonaro comentou também sobre as reformas que o governo ainda deseja aprovar no Congresso, como a administrativa e a tributária. “Temos agora dois desafios, um deles a reforma tributária, que julgo tão importante quando a previdenciária”, afirmou. Segundo o presidente, a alteração das regras tributárias é necessária para “transformar o Brasil em um país mais fácil de fazer negócios.” “Somos um dos países mais difíceis de fazer negócios e queremos simplificar isso daí. Uma outra reforma tem a ver com o servidor público que ao longo dos últimos 30, 40 anos, teve seu quadro bastante inchado. Nós não queremos demitir nenhum funcionário, nem quebrar a estabilidade. Queremos uma legislação daqui para a frente”, ressaltou.
O chefe do Executivo voltou a dizer que conversou com Maia e que ele garantiu que apesar das diferenças entre os poderes, as reformas serão levadas para frente.
“Tive uma conversa por WhatsApp rápida com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e ele falou que, em que pese alguns problemas que sempre existiram e sempre existirão entre Executivo e Legislativo, ele está pronto para levar essas propostas adiante”, concluiu.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer enviar ainda nesta semana a proposta de reforma administrativa do governo federal para o Congresso. Ele disse que vai conversar sobre o assunto com o presidente quando ele voltar da viagem aos Estados Unidos, amanhã (11/3), porque acha que essa é uma forma de o Brasil escapar da onda de desaceleração que o coronavírus e, agora, a crise do petróleo impuseram à economia mundial.
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